O museu de Itapiranga guarda peças e documentos antigos que despertam o fascínio dos visitantes.
O primeiro material encontrado no município foi em 1967, pelo Padre João Alfredo Rohr que fez uma escavação nas barrancas do rio Uruguai, área ocupada atualmente pela Seara Alimentos. A uma profundidade de aproximadamente sete metros, encontrou carvão vegetal que foi submetido ao teste de carbono radioativo no museu Nacional de Washington e no museu do Homem de Paris. O teste comprovou a existência de civilizações pré-históricas há 8.640 anos no município.
Desde os primórdios da colonização de Itapiranga sempre despertou a atenção dos agricultores, em especial ao longo dos mananciais de água, a existência de sambaquis, sitos e acampamentos indígenas como também inúmeros objetos de cerâmica, de adorno, pedra lascada e polida, datados de mil a dois mil anos atrás. Ao longo da história, a população se deparava com esse patrimônio arqueológico e os objetos acabavam sendo destruídos por não existir um local ideal para serem guardados. Muito se perdeu. Mesmo assim, existem diversas peças guardadas no museu. Peças guaranis encontradas em Itapiranga estão expostas em museus da Europa, Estados Unidos e em capitais brasileiras. Em oito de março de 1978, em assembléia geral de sua fundação, o Conselho Comunitário de Itapiranga se propôs a iniciar um processo de conscientização para a população valorizar as peças pré-históricas e doa-las ao museu que seria instalado no município. Primeiramente o museu foi instalado em uma sala na casa canônica de Itapiranga e já iniciaram as articulações para a construção de uma sede própria. A fundação aconteceu no dia 10 de janeiro de 1979. No dia 10 de maio, em solenidade realizada nas dependências do Museu de Itapiranga, foi oficializada a adoção de nova nomenclatura para a instituição. Através da Lei Municipal nº 2.370, de 6 de março de 2007, passa a ser denominado “Museu Comunitário Almiro Theobaldo Muller”.
Almiro começou sua luta para a criação efetiva de um Museu no município em 1970, pois fazia escavações perto dos riachos da Linha Glória, onde encontrou um vasto material indígena, composto por urnas funerárias, pedras polidas e cacos de cerâmica. Foram várias tentativas em sensibilizar o poder público para a construção de um prédio adequado para receber estas peças. Almiro chegou a visitar outros Museus como o de Mauá, no Rio Grande do Sul, encontrando lá peças do nosso museu e assim começou a lutar pela parte burocrática e a liberação de fundos para a efetiva construção do Museu que ele já organizava ao lado da Escola Funei. Após várias tentativas e não obtendo respostas, entregou todo o acervo com as chaves do museu na época para a API – Associação dos Professores de Itapiranga.
Por todas essas lutas e em consideração ao seu trabalho e dedicação com a preservação e valorização do patrimônio histórico e cultural do nosso município, nada mais justo do que homenageá-lo, batizando o Museu com seu nome.
Coordenação: Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte
Secretária: Elaine Kummer Muller
Diretora: Marlene Valk
Horário de atendimento:
Atendimento normal nos seguintes horários: 07:30 – 11:30 e 13:00 ás 17:00 em dias úteis Ou com agendamento
Contatos:
museu_itapiranga@outlook.com
Comercial : (49) 3677 0423
Celular : (49) 99193-7474
Como chegar
Ao lado da Igreja Matriz São Pedro Canísio, no centro de Itapiranga